Uso de remédios para hipertensão aumenta 46,4% no primeiro bimestre

Pressão alta atinge cerca de 36 milhões de brasileiros e mata 300 mil pessoas
por ano no país; saiba como evitar a doença

Estresse, alto consumo de sal, obesidade, sedentarismo e colesterol elevado são
alguns dos principais fatores de risco para a hipertensão arterial, também chamada de
pressão alta, doença que atinge aproximadamente 36 milhões de pessoas no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que apenas a metade dessa população
sabe que vive com a condição e só 50% desses pacientes realizam o tratamento.
Mesmo assim, a procura por remédios tem aumentado. Um levantamento da
plataforma epharma, focada em programas e planos de benefícios em medicamentos,
apontou um crescimento de 46,4% no uso de fármacos para hipertensão no primeiro
bimestre deste ano ante o mesmo período em 2022.
O tratamento é parte importante do controle da pressão alta, mas especialistas
defendem a prevenção como o melhor caminho para evitar comorbidades e riscos à
vida. A estimativa, no país, é de que a doença mata cerca de 300 mil brasileiros por
ano. Entre as complicações possíveis, estão alterações no funcionamento de órgãos
vitais, como os rins e o coração, que podem levar a casos de doença renal crônica,
infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) .
“Para ter uma boa qualidade de vida com o diagnóstico de hipertensão arterial é
preciso cultivar hábitos saudáveis, realizar acompanhamento médico e utilizar
corretamente a medicação”, diz, em nota, Lilian Cavalheiro, cardiologista na AMA
Especialidades Jardim São Luiz, gerenciada pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr.
João Amorim” (CEJAM) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São
Paulo.
A pressão alta é silenciosa, no entanto, é possível observar sintomas que indicam o
quadro, como palpitações, dor de cabeça frequente, alteração na visão, tontura, falta
de ar e sangramento no nariz.
O quadro pode ser detectado com a medição dos níveis de pressão arterial. Se estiver
acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), também chamada de “14 por 9”, é
recomendado iniciar o acompanhamento médico para verificar a necessidade de
tratamento. O fator hereditário é importante para o aparecimento da doença, chegando
a influenciar em 90% dos casos, mas é possível incluir mudanças na rotina e reduzir
episódios graves no futuro.
Como evitar a hipertensão
Mantenha o peso adequado Tenha hábitos alimentares Evite o excesso de sal e
alimentos gordurosos Pratique atividades físicas Não fume Busque ter momentos de
lazer Beba com moderação
Fonte:
https://veja.abril.com.br/saude/uso-de-remedios-para-hipertensao-aumenta-464-no-pri
meiro-bimestre

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