Computação Visual e Inteligência Artificial já são realidade para farmácias brasileiras

Tecnologia não só melhora a experiência do cliente, mas também contribui para a fidelização e para um aumento da produtividade da equipe em lojas

A aplicação de tecnologias de computação visual combinada com inteligência artificial (IA) vem ganhando espaço no varejo farmacêutico, proporcionando avanços que vão além da automação de processos, trazendo uma abordagem baseada em dados que geram insights para melhorar a produtividade nas lojas e por consequência, a experiência dos consumidores.

Neste artigo, exploro como essas tecnologias podem transformar o varejo farmacêutico ao melhorar a conversão de clientes, gerenciando o fluxo dentro da loja e aprimorando a produtividade da equipe, tudo com um foco centrado na experiência e acolhimento do cliente.

Funil de conversão do canal físico? Sim, exatamente!

A conversão de pedestres para dentro da loja

Um dos maiores desafios do varejo físico é atrair clientes para dentro do ponto de venda. Farmácias localizadas em áreas de alto movimento podem se beneficiar do uso da computação visual para monitorar o tráfego de pessoas na rua, identificando gênero, faixa etária e padrões de comportamento que influenciam a entrada na loja. Ao detectar tendências sazonais ou variações diárias de fluxo, o IA permite que os gerentes ajustem a sinalização, vitrines e promoções de acordo com a demanda. Dessa forma, a farmácia consegue otimizar sua comunicação externa para transformar a intenção de compra dos consumidores em ação.

César Bentim é conselheiro consultivo da Riverdata

Mensuração do tempo de espera no balcão

No ambiente de farmácias, o atendimento no balcão é talvez a maior razão de existência desse tipo de estabelecimento. Ali são prestadas informações valiosas que podem determinar o sucesso de um tratamento. Porém, longos períodos de espera resultam em desistências e insatisfação do cliente. A computação visual, quando aplicada ao monitoramento do tempo de espera no balcão, permite identificar os momentos de pico e, com o suporte da IA, contribui de forma mais assertiva para tomada de decisões, como melhorias na escala de funcionários ou no fluxo de atendimento. Ao reduzir o tempo de espera, a tecnologia não só melhora a experiência do cliente, mas também contribui para a fidelização e para um aumento da produtividade da equipe em lojas, algo precioso, seja do ponto de vista do cliente, mas também em termos de lucratividade.

Acompanhamento do comportamento no salão

O layout da área de não medicamentos e medicamentos isentos de prescrição – o auto- serviço – é outro ponto onde a computação visual e a IA podem agregar valor. Monitorando o tempo de permanência e interação com o time de loja, a tecnologia permite identificar quais categorias ou produtos despertam maior interesse. Com essa informação, a farmácia pode ajustar o layout da loja para maximizar a exposição dos itens mais “buscados” e organizar promoções em pontos estratégicos.

A IA também auxilia no desenvolvimento de uma experiência personalizada para os consumidores, aumentando a probabilidade de novas compras e construindo uma conexão mais profunda com a marca. Assim, como subproduto da tecnologia, é possível realizar um inventário de áreas quentes da loja, mudando a lógica de valorização desses espaços e criar planos de ação para “esquentar” áreas menos frequentadas.

Mensuração do tempo de espera na caixa e conclusão da compra

A última etapa da jornada de compra, o Caixa, é um ponto crucial para o sucesso do atendimento, pois tem grande potencial de geração de fricção com o cliente. Ao monitorar o tempo de espera e os fluxos de pagamento, a IA pode prever quando será necessário abrir novos pontos de pagamento, evitando filas e acelerando o atendimento. Esse recurso é fundamental para garantir que a experiência do cliente seja fluida até o final, contribuindo para uma imagem positiva da farmácia e incentivando a fidelização.

Melhoria da produtividade através de planos de ação baseados em IA

Um dos benefícios mais tangíveis do uso da computação visual e da IA ​​é a capacidade de transformar insights em ações de impacto direto na produtividade da equipe.

A tecnologia identifica pontos de melhoria, como ajustes no posicionamento dos funcionários em horários de pico ou redirecionamento de colaboradores para áreas de maior movimento. Cria-se índices de eficiência a serem monitorados no dia a dia, trazendo objetividade a gestão dos recursos. Com esses planos de ação apontados pela IA é mais provável que os colaboradores ofereçam um atendimento mais ágil e proativo, aumentando a eficiência geral da operação.

Conclusão: otimizar a jornada do cliente e impulsionar resultados através de computação visual e IA já é realidade!

A adoção de tecnologias como a computação visual e a IA combinadas permite ao varejo farmacêutico ir além da operação convencional, proporcionando uma experiência mais dinâmica e focada nas necessidades do cliente. Elas monitoram o comportamento e geram insights valiosos, como ajustar continuamente a operação para melhorar a experiência do cliente e otimizar a produtividade da equipe.

No longo prazo, essas tecnologias tornam-se um diferencial competitivo que fortalece a presença da farmácia no mercado, ao mesmo tempo em que responde de maneira inteligente e prática às demandas de consumidores cada vez mais exigentes.

Essa abordagem moderna no setor farmacêutico promete redefinir o papel das farmácias como espaços integrados e centrados no cliente, combinando inovação e atendimento para elevar a experiência e os resultados do varejo farmacêutico.

E a boa notícia é que não estamos falando de futuro, pois a IA e a computação visual já estão aí, iniciando sua trajetória transformadora.

Conselheiro consultivo da Riverdata, César Bentim

Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/computacao-visual-e-inteligencia-artificial-ja-sao-realidade-para-farmacias-brasileiras/

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