Lojas da Poupafarma estão no alvo da Nissei

Crédito Foto: Divulgação Nissei

Na condição de empresa de capital aberto, a Nissei não confirma o interesse. Mas revela que estabeleceu para este ano um plano de crescimento orgânico 

As lojas da Poupafarma podem ter um novo destino antes mesmo de 2024, data inicialmente estipulada pela rede para retomar 100% das operações. Segundo fontes do mercado ouvidas com exclusividade pelo Panorama Farmacêutico, a paranaense Nissei estaria estudando a aquisição de unidades da varejista paulista.

Na condição de empresa de capital aberto, a Nissei não confirma o interesse. Mas por meio de sua assessoria de imprensa, revela que estabeleceu para este ano um plano de crescimento orgânico focado em regiões capazes de reforçar a presença da marca, inclusive com atendimento em novas cidades. E o interior de São Paulo seria uma das áreas contempladas.

E seriam exatamente as unidades do interior os principais alvos da rede. Fundada em 1986 pela família Maeoka, a companhia acelerou sua expansão principalmente a partir de 2018, após uma emissão de debêntures de R$ 153 milhões que abasteceu o caixa. Na época, o total de lojas chegava a 262. Hoje já são mais de 350.

O Paraná ainda concentra quase 85% dos pontos de venda (PDVs), mas a ideia da Nissei seria ampliar participação nos outros dois mercados onde atua – São Paulo, atualmente com 35 lojas e 4,6% de market share – e Santa Catarina.

Com isso, a empresa espera seguir a escalada no faturamento, que passou de R$ 1,69 bilhão para R$ 2,34 bilhões em dois anos. O resultado a consolidou como oitava maior rede do grande varejo farmacêutico nacional, sendo a sétima colocada considerando apenas as associadas à Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Lojas da Poupafarma seguem fechadas

As 76 lojas da Poupafarma na Região Metropolitana de São Paulo, litoral e interior permanecem sem rumo definido após amanhecerem fechadas no início de fevereiro. Controlada pela InvestFarma, a rede passou a conviver com dificuldades financeiras no período da pandemia, alegando também enfrentar obstáculos ocasionado pela pressão dos juros sobre as cadeias de abastecimento e a ruptura de estoques com a falta de medicamentos.

A Poupafarma chegou a cogitar um pedido de recuperação judicial, mas os entraves na obtenção de garantias financeiras estaria comprometendo esse processo. A solução para a rede seria cortar custos, o que envolveria a demissão de 1.200 funcionários e colaboradores e vender todas ou parte dos seus ativos.

Representantes da Nissei, inclusive, teriam visitado algumas unidades para analisar a possibilidade de compra. E este seria o motivo do fechamento dos PDVs, com a meta de agilizar as negociações e evitar o crescente desgaste com fornecedores e clientes pela falta de mercadoria nas prateleiras. A conferir os próximos capítulos.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/lojas-da-poupafarma-estao-alvo-nissei/

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