Novo software agiliza escrituração de medicamentos controlados

O aumento na demanda por medicamentos controlados, associada aos crescentes desafios na gestão da cadeia de suprimentos, vem impondo cada vez mais tempo e esforços da farmácia na escrituração eletrônica desse gênero de remédios.

Para agilizar essa tarefa burocrática, mas passível de severas penalidades por parte das vigilâncias sanitárias, a consultoria Interativa TI desenvolveu o Pharmus MC – um software concebido especialmente para redes de farmácias. Mais de 100 milhões de medicamentos controlados foram vendidos no ano passado, com aumento de dois dígitos em relação ao período pré-pandemia, o que eleva as dificuldades de gestores obrigados a monitorar dados sensíveis de vários pontos de venda (PDVs).

Três grandes players do setor mantêm negociações avançadas para contratar a solução, que já está 100% configurada às novas regras da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Em operação desde 1997 e com sede na capital paulista, a consultoria já auxiliou mais de 2,3 mil farmácias a iniciar ou acelerar seus processos de informatização e transformação digital – entre redes regionais e lojas independentes.

Escrituração de medicamentos controlados pode gerar sanções graves

O controle das movimentações de medicamentos controlados é estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 344/98 do Ministério da Saúde (MS). A norma tornou obrigatória a escrituração por meio eletrônico pelo farmacêutico responsável técnico de cada estabelecimento, com base em sistemas validados pela autoridade sanitária. A adoção do sistema colocaria um fim no chamado livro negro, onde todas essas informações eram armazenadas em papel.

“O que se percebe, porém, é uma fragilidade das farmácias. Muitas ainda utilizam sistemas de escrituração instalados e estes são fornecidos por terceiros. Mas muitas vezes o suporte a esses sistemas obriga que o banco de dados seja enviado para a empresa fornecedora da TI, potencializando o risco de vazamento dos dados e erros no processamento das escriturações”, avalia o sócio-diretor da Interativa TI, Kleber Oliveira.

As penalidades em caso de falhas podem variar de multas até a lacração da loja. O próprio farmacêutico está sujeito a sanções previstas no Código de Ética da profissão, com possibilidade de advertência ou suspensão da atividade profissional.

Solução em nuvem garante segurança e acurácia dos dados

O Pharmus MC foi desenvolvido a partir da computação em nuvem, o que permite a anonimização dos dados e uma implementação simplificada, totalmente aderente aos sistemas de retaguarda tecnológica da rede e com dashboards gerenciais por loja. Backups diários automatizados asseguram a disponibilidade permanente dos bancos de dados, enquanto a ativação de alertas notifica os gestores sobre prazos e possíveis incongruências na escrituração.

“O software também está customizado para garantir conformidade plena com outras resoluções, entre as quais as RDCs 44/10, 20/11 e o SNGPC”, ressalta Oliveira.

As redes podem adicionar um número ilimitado de responsáveis técnicos e o acesso à plataforma pode ser controlado por meio de uma VPN. “Além de representar um atestado de segurança, evitamos a realização dessa atividade fora do horário de expediente, o que poderia acarretar futuros passivos trabalhistas”, complementa o também sócio Marcelo Augustus.

O PDV ainda conta com treinamentos em formato EaD para orientações sobre o uso da ferramenta, por meio de cursos e videoaulas de três a quatro minutos de duração. “Além disso, oferecemos suporte técnico especializado por um portal do desenvolvedor ou via telefone ou WhatsApp, sete dias por semana”, diz Augustus.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/novo-software-medicamentos-controlados/

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