Medicamentos genéricos tomam conta das vendas em farmácias

Baixo preço é o principal atrativo dos medicamentos genéricos 

Neste sábado, 20 de maio, foi o Dia Nacional do Medicamento Genérico. Desde fevereiro de 1999 está em vigor no País a Lei dos Medicamentos Genéricos, que se tornaram a principal alternativa para consumidores em dificuldades financeiras. Hoje, é a classe de remédios mais vendida nas farmácias.

Segundo a IQVIA Brasil, líder global no uso de informação, tecnologia e análises avançadas, cerca de 75% da venda de medicamentos no Brasil são de genéricos e 95% dos remédios de marca têm a mesma versão genérica.

Isso porque o custo elevado dos chamados remédios de marca é reflexo do investimento feito em pesquisas e tecnologias para o desenvolvimento do produto. Dessa forma, a população de baixa renda não consegue ter acesso em razão do preço. “Mas o medicamento genérico contém a mesma composição molecular do remédio de marca. Um dos fatores que contribuem para o preço mais acessível do remédio genérico é a larga produção, além do fato de não ter investimento em pesquisa, como ocorre com os de marca”, explica Cristina Vidal, professora do curso de Farmácia da Universidade de São Caetano do Sul (USCS).

Embora ainda exista preconceito por parte da sociedade médica em relação aos genéricos, isso tem diminuído ao longo dos anos. Após a aprovação da Lei dos Genéricos, os laboratórios passam por constantes fiscalizações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O que dizem as farmácias

Segundo o gerente de compras das Drogarias Coop, Silvio Eduardo Farias, foi durante o período da pandemia que houve um aumento significativo nas vendas de medicamentos genéricos.” Muitas pessoas estavam em casa, com a renda mensal caindo e a solução foi migrar para os genéricos, e as vendas continuam em crescimento. O poder aquisitivo da população tem abaixado e com os aumentos que tivemos ano passado e este ano, mais pessoas migraram para os genéricos”, reforça.

Já Regiane Antunes, funcionária da Ótima Farma em Santo André, conta que cerca de 40% das vendas na unidade são de medicamentos genéricos. “Apesar de ser bem equilibrado, conseguimos perceber que remédios de marca ainda são mais procurados, talvez pelo preconceito ou receio que alguns têm sobre os genéricos, mas nossa farmácia é relativamente nova, então não sei como foi durante a pandemia”, diz.

O pintor e morador de Santo André, Paulo de Freitas, conta que não possui nenhum preconceito ou receio de comprar remédios genéricos e que a principal razão para optar pelos de marca genérica é o preço. “Minha filha toma um medicamento anticoncepcional que custa cerca de R$ 80 na versão de marca e a genérica custa R$ 40, é a metade do preço e os componentes são os mesmos. Se os ‘ingredientes’ são iguais, vou gastar tanto para comprar o de marca?”, questiona o autônomo.
Fonte: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3262378/medicamentos-genericos-tomam-conta-das-vendas-em-farmacias/

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