Especialista Thiago Marques alerta que a estratégia para elevar a margem do empreendimento começa por fazer o básico bem feito
No varejo independente, grande parte das vezes o empresário divide a gestão da farmácia com rotinas diárias da operação. Ele é farmacêutico, balconista, entregador, responsável por lançar a nota e administrar o estoque. Resultado: não sobra tempo para cuidar da margem e das estratégias de precificação e de compras.
“Esse acúmulo de tarefas e funções acaba criando uma barreira que impede o empreendedor de focar no que se chama de básico bem feito“, explica Thiago Marques, fundador do Grupo Híper Saúde. Segundo o especialista, trata-se de dominar a gestão trivial antes de almejar resultados mais complexos, pulando etapas no processo.
Ainda segundo Marques, já é possível realizar essas atividades de forma automática com a ajuda da plataforma de IA, Otimiza. “A percepção e o cuidado do dono, além da execução com excelência, podem transformar a vida do consumidor, fazendo-o enxergar a farmácia como um ponto de solução para os seus problemas. Dessa forma, a loja amplia as vendas e consegue ter uma margem de contribuição mais assertiva, com as equipes atuando de uma maneira mais colaborativa”, acrescenta.
Etapas para otimizar a gestão da farmácia
1 – Cuidar do sortimento – O primeiro ponto, e o mais valioso, é focar na experiência do consumidor oferecendo um mix assertivo no PDV. Atualmente, uma farmácia independente tem, em média, 3 mil SKUs. “Para ampliar esse sortimento, é preciso escolher muito bem quais novos produtos inserir no portfólio, evitando rupturas ou encalhes”, alerta.
2 – Inteligência comercial – Uma vez definido o sortimento ideal, é preciso saber se relacionar com os principais parceiros da indústria e da distribuição, a fim de conseguir uma condição comercial que permita à farmácia ser mais competitiva
3 – Precificação – Ter uma estratégiadesenhada é fundamental. De nada adianta ampliar o mix com um produto de alto giro, comprar bem, mas precificar mal na ponta
4 – Exposição correta na gôndola – A colocação do produto corretamente na área de venda da farmácia contribui para tornar a jornada de consumo mais fluida. “Essa prática permite ampliar o tíquete médio, não com base na aquisição de um único produto de alto valor, mas na compra de vários itens na cesta a preços acessíveis”, observa.
Cumprir com eficiência esses quatro passos possibilita ao gestor ter um CMV adequado, que é a maneira como ele está comprando bem esses produtos para revendê-los ao consumidor. “O CMV interfere diretamente na margem, que representa o quesito mais importante para o dono da farmácia”, finaliza. Um dos integrantes da seção Os Especialistas do Panorama Farmacêutico, Thiago Marques disponibilizou sua agenda para realização de mentorias gratuitas voltadas a gestores de farmácias. Os interessados podem fazer sua reserva aqui
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/quatro-passos-para-organizar-a-gestao-da-farmacia/