Existe alta demanda por profissionais em áreas como farmácias, hospitais, indústrias de medicamentos e análises clínicas
Conforme os cuidados com a saúde avançam, o mercado farmacêutico busca acompanhar as novas tendências – e contribuir para o seu desenvolvimento. No entanto, isso não fica restrito a medicamentos mais eficientes e com menos efeitos colaterais. O setor se desenvolveu e hoje promove benefícios para o bem-estar e atua na prevenção de doenças, além do tratamento, fazendo com que exista uma alta procura por novos profissionais.
Para atender a tantas possibilidades, o curso de Farmácia mantém uma formação generalista. Desta forma, consegue dar uma noção sobre todas as áreas em que é possível atuar, servindo como base para o desenvolvimento dos futuros profissionais. Ao mesmo tempo, credencia os egressos para atuarem nas principais necessidades da sociedade. É o que explica a coordenadora do curso de Farmácia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Lidiane dos Santos.
“Após a graduação, esse aluno sai pronto para atuar em farmácia de manipulação, drogaria, indústrias de alimentos, cosméticos, medicamentos e laboratórios de análises clínicas. Depois, algumas áreas, como acupuntura e estética, exigem cursos de especialização”, afirma.
Um dos diferenciais do curso da Ulbra, como lembra a coordenadora, fica por conta da homeopatia. Para atuar na área o Conselho Federal de Farmácia exige a comprovação de qualificação para exercer a responsabilidade técnica de farmácia ou laboratório industrial homeopático que manipule ou industrialize os medicamentos e insumos homeopáticos. Mas, como a universidade conta com disciplina e possibilidade de estágio dedicado ao assunto, seus egressos recebem a habilitação do Conselho Regional de Farmácia (CRF) para atuar.
A farmacêutica Larissa Pacheco cursou Farmácia na Ulbra e atua no setor de pesquisa e desenvolvimento – algo que não imaginava quando entrou na faculdade. Embora já houvesse um perfil generalista, as opções eram mais escassas.
“A gente nem se candidatava porque só havia uma ou duas indústrias no Estado. Talvez faltasse um mapeamento porque sempre se fez pesquisa clínica no Rio Grande do Sul. Temos os melhores centros de pesquisa do Brasil em várias áreas terapêuticas. Isso vai desde a parte mais básica, nos laboratórios, e chega aos hospitais”, analisa.
Grandes laboratórios patrocinam estudos de nível global para levar novos medicamentos ao mercado. Larissa explica que o Brasil tem papel fundamental nesse processo, por sua grande diversidade genética.
“Os estudos são multicêntricos, ou seja, promovidos em vários países simultaneamente. Hospitais e instituições de pesquisa precisam de farmacêuticos para atuar como coordenadores e na parte operacional da pesquisa”, conta.
Para garantir que os acadêmicos saiam preparados para atuar nas mais diversas áreas, a Ulbra aposta em uma estrutura composta por laboratórios que atendem desde a formação mais básica, como os de anatomia humana, microscopia, fisiologia, biologia molecular, parasitologia, microbiologia clínica, imunologia clínica e laboratórios de análises clínicas. Depois, os estudantes têm à disposição laboratórios didáticos de formação específica.
Entre os laboratórios, estão o de Farmacotécnica e tecnologia Farmacêutica, o de Homeopatia e de simulação de práticas de serviços farmacêuticos – incluindo consulta com farmacêutico, na farmácia ou fora dela, para atendimento de atenção farmacêutica, perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos, aplicação de injetáveis, vacinas, execução de procedimentos de nebulização, aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos como verificação de pressão arterial e testes de glicemia.
As atividades também contam com bonecos de simulação realística, laboratório de bioquímica clínica, toxicologia e de tecnologia farmacêutica – para manipulação e controle de qualidade de insumos, medicamentos e cosméticos para alunos que pretendem trabalhar em farmácias com manipulação ou indústria, inclusive de alimentos.
A experiência fica mais completa por meio de visitas técnicas e estágios promovidos em parceria com o Hospital de Canoas, além de Unidades de Pronto-Atendimento, Unidades Básicas de Saúde, farmácias de manipulação, indústrias de alimentos e drogarias que firmam parcerias com o curso. Segundo a coordenadora Lidiane dos Santos, esse contato faz com que as empresas busquem mão de obra qualificada entre os acadêmicos e egressos da instituição.
“É um curso de alta empregabilidade. As grandes redes de farmácias e drogarias nos procuram para os estágios, nossos alunos são cobiçados. Ainda tem carência de farmacêutico porque cada unidade precisa de dois ou três profissionais. Mas tem muito emprego nas demais áreas também, como a hospitalar e a industrial”, garante.
