Levantamento do Sebrae revela que farmácias que se adaptam para serem acessíveis podem aumentar em até 40% o faturamento
Quando se fala em acessibilidade no varejo farmacêutico, muitos ainda pensam apenas em rampas na entrada. Porém, acessibilidade vai muito além disso: ela deve estar presente em toda a experiência do cliente.
A verdadeira acessibilidade é aquela que gera resultados reais. Ela começa do lado de fora da farmácia, percorre todo o layout, passa pelo balcão, pela equipe e termina na experiência do cliente com a marca. E mais do que cumprir a lei, ela pode transformar a farmácia em referência de acolhimento, respeito e inovação — além de abrir caminho para um público consumidor que já movimenta bilhões: idosos, pessoas com deficiência e seus familiares.
Segundo dados do Sebrae, farmácias que se adaptam para serem verdadeiramente acessíveis podem aumentar em até 40% o faturamento. O número não surpreende quando consideramos que, só em São Paulo, metade das pessoas com deficiência é economicamente ativa e que 80% delas escolhem onde comprar com base na acessibilidade.
Bárbara Costa, arquiteta especialista em acessibilidade e autora do Manual Técnico de Acessibilidade para Farmácias, da Abrafarma, traz a visão técnica com impacto direto no ponto de venda: “Um corredor mais largo, um piso adequado, um balcão na altura certa ou uma equipe que realmente escuta… tudo isso muda completamente a experiência de quem está ali. Quando o ambiente respeita as diferenças, ele acolhe melhor todo mundo — e isso é o que torna uma farmácia verdadeiramente humana”.
Jaqueline Lourenço, estrategista de marketing para o setor farma, reforça que acessibilidade e sustentabilidade caminham juntas — e que ambas são poderosas ferramentas de branding e posicionamento: “Farmácias que investem em acessibilidade e sustentabilidade não estão apenas fazendo o certo, estão se tornando indispensáveis. Quando uma loja pensa no cliente com deficiência e também implementa ações como a logística reversa de medicamentos e o uso consciente de materiais, ela mostra que se importa com as pessoas e com o planeta. Isso gera identificação, fidelidade e respeito. Ser acessível e sustentável é ser moderno, humano e confiável. É conquistar onde muitos ainda estão apenas cumprindo tabela”.
A Acessa Mais nasceu a partir de uma provocação visionária feita por Valdomiro Rodrigues (in memoriam), especialista e conselheiro que desafiou Bárbara e Jaqueline a olharem para o futuro do varejo com responsabilidade, propósito e coragem. Ele dizia que acessibilidade e sustentabilidade seriam os dois pilares inegociáveis do novo varejo farmacêutico. E assim nasceu a Acessa Mais: como um chamado.
Mais do que uma empresa, ela representa um movimento ideológico que convoca indústrias, redes e PDVs a abraçarem um compromisso coletivo com a inclusão, o amor ao próximo e o respeito à diversidade humana.
O tempo da omissão passou. O futuro exige posicionamento. E acessibilidade não é mais um diferencial — é o mínimo para quem quer vender com propósito e cuidar com dignidade.
Bárbara Costa e Jaqueline Lourenço, especialistas em Acessibilidade, Marketing e Varejo Farmacêutico, e cofundadoras da Acessa Mais.
Fonte:https://revistadafarmacia.com.br/gestao/como-a-acessibilidade-pode-impulsionar-as-vendas/