Entidades do setor farmacêutico se posicionam sobre o debate para a venda de medicamentos nos supermercados

Abcfarma publica nota de repúdio às falas do presidente da Abras e Abrafarma endossa a preocupação com a possível aprovação da proposta

Diante da lamentável declaração atribuída ao presidente da Abras (|Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, que afirmou em grupo de mensagens: “vou dizimar vocês” – em referência aos proprietários de farmácias –, manifestamos nossa profunda indignação com o tom hostil, antidemocrático e eticamente reprovável adotado por quem deveria zelar pelo equilíbrio institucional e pelo diálogo respeitoso entre os setores econômicos.

A defesa de interesses econômicos, como o pleito dos supermercados para comercializarem medicamentos isentos de prescrição, não pode jamais se sobrepor aos princípios do respeito, da civilidade e da ética que devem reger qualquer debate público.

Atitudes intimidatórias, beligerantes e ameaçadoras apenas revelam despreparo e ausência de compromisso com o bem comum.

“O setor varejista farmacêutico, especialmente as independentes, é composta por empreendedores que trabalham diariamente para garantir acesso seguro e responsável aos medicamentos, com a orientação técnica do farmacêutico e sob a fiscalização da vigilância sanitária”, alerta o presidente da ABCFARMA, Rafael Oliveira Espinhel.

Trata-se de um serviço essencial à saúde da população – e não de um obstáculo a ser “dizimado”.

“Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo responsável, com a defesa do acesso seguro aos medicamentos e com a valorização das farmácias como polos de cuidado, geração de emprego e desenvolvimento local”, complementa Espinhel.

E finaliza a nota com a seguinte afirmação: “Esperamos que os representantes dos setores empresariais estejam à altura da responsabilidade que ocupam e contribuam para um debate qualificado, plural e pautado pelo respeito”.

O presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, também fez críticas contundentes. “Essa proposta destrói as pequenas farmácias e representa um ataque ao SUS e à saúde dos brasileiros”, afirmou.

Atualmente, o projeto segue em discussão no Senado e ainda deve passar por outras etapas antes de ser votado em definitivo.

Fontes: Abcfarma e Abrafarma

Compartilhe: