Ferramenta de evolução, capaz de aprimorar processos, a IA ajuda a potencializar pessoas e gerar resultados mais consistentes
Nos últimos anos, muito tem se falado sobre o papel da Inteligência Artificial (IA) no mundo do trabalho. Em especial nas redes sociais, proliferam visões alarmistas que tratam a tecnologia como inimiga do emprego humano, sempre associada à substituição de profissionais.
Porém, acredito que é hora de rever esse discurso. A IA não precisa ser vista como um fator de ruptura total, mas sim como uma ferramenta de evolução, capaz de aprimorar processos, potencializar pessoas e gerar resultados mais consistentes.
No varejo farmacêutico, isso já pode ser observado de forma concreta. A aplicação da IA não se dá com a promessa de reinventar toda a operação de uma farmácia do dia para a noite, mas sim de otimizar tarefas que antes eram manuais, lentas e sujeitas a falhas.
Isso libera tempo e energia dos profissionais, que passam a focar no que realmente importa: o relacionamento humano com o cliente e a busca pela melhor experiência de compra.
Um exemplo que destaco é o projeto desenvolvido recentemente pela Febrafar em parceria com a Google Cloud e com apoio da IPNET. Trata-se de uma solução de trade marketing baseada em IA, capaz de analisar imagens enviadas pelas farmácias e transformar informações visuais em dados confiáveis para a tomada de decisão.
Em apenas dois meses, foram processadas mais de 3 mil fotos, reduzindo em até 20% o tempo gasto em validações manuais e garantindo decisões mais rápidas e precisas.
Essa iniciativa foi reconhecida como case no Google Cloud Summit Brasil 2025. Para nós, não se trata apenas de um reconhecimento, mas de uma demonstração prática de que a IA pode ser aplicada de forma acessível e estratégica no setor. É tecnologia a serviço do negócio, trazendo ganhos para o varejo associativista e ampliando sua competitividade.
É importante reforçar: a IA não substitui o talento humano. Pelo contrário, ela se torna aliada dos profisionais, ao eliminar atividades repetitivas e possibilitar que foquem naquilo que a máquina não entrega: a empatia, o cuidado e a proximidade que caracterizam as redes de farmácias associadas à entidade.
Por isso, quando falamos em IA, não falamos de um futuro distante, mas de um presente que já está moldando o varejo farmacêutico. A revolução não está em destruir o que existe, mas em evoluir continuamente, com soluções que conectam dados, processos e pessoas em prol de resultados melhores.
Hoje, nas entidades que presido, nosso compromisso é justamente esse: proporcionar uma digitalização inteligente, 360°, que fortaleça cada farmácia associada sem jamais perder de vista o que há de mais essencial em nosso setor, o cuidado com as pessoas.
Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/materia/inteligencia-artificial-nas-farmacias-evolucao-sem-ruptura/