Mais do que dono de farmácia, seja líder com 5 sentimentos

Como intervenções efetivas do gestor podem qualificar rotinas e elevar os resultados de forma consistente

Margens apertadas, concorrência acirrada com grandes redes e transformações digitais batendo à porta impõem um novo papel para o dono de farmácia. Para Gilson Coelho, especialista em educação corporativa para o setor, é hora de o gestor exercitar com mais ênfase sua função de líder – não mais como vantagem competitiva, e sim por sobrevivência. A pergunta que fica é: como praticar essa tarefa sem que a intervenção soe excessiva para colaboradores já pressionados?

O consultor compara o momento atual ao de um barco em alto-mar. “Nessa condição, navegar no piloto automático é tragédia anunciada. Nesse contexto, a presença do dono no negócio faz toda diferença, não só física, mas também sensorialmente”, argumenta.

Coelho enumerou cinco sentimentos que podem fazer a diferença para elevar os resultados de maneira consistente.

Visão para enxergar o que está acontecendo dentro e fora da loja Audição para perceber o que os clientes e a equipe estão dizendo Discernimento para tomar decisões preventivas, com base em princípios, dados e fatos. “Quando as decisões são corretivas ou reativas, baseadas na pressão, muitas vezes o prejuízo já está manifestado e o caos se instalou Toque para corrigir o rumo com firmeza e agilidade Voz assertiva com funcionários e clientes, para estabelecer conexões de qualidade e consolidar a cultura diferenciada, que jamais pode ser comparável ao modelo empregado nas grandes redes.

“Estamos falando de protagonismo em um segmento que é muito específico. Não se trata de um gestor genérico, nem de um comando distante. Trata-se de um tipo de liderança que precisa compreender profundamente o DNA do seu PDV. A farmácia é um lugar onde o cliente não busca apenas produtos, mas cuidado, acolhimento, escuta e orientação”, complementa.

Para se alcançar esse patamar, a presença do líder no dia a dia é ainda mais fundamental considerando um setor como o varejo farmacêutico. “É o protagonista quem modela a cultura da loja, sentindo a temperatura do negócio com mais precisão. Quando bem orientado, ele sabe onde a equipe está travando, onde o cliente está se afastando, as falhas no processo e como corrigi-las em tempo”, adverte.

Liderança do dono de farmácia não se impõe com exemplo das grandes

O consultor também procura quebrar um paradigma que vem ganhando coro. O dono de farmácia independente e regional não pode se guiar por métodos de gestão aplicados por grandes redes. “Se estrutura e ferramentas garantissem resultado sustentável, gigantes do segmento não estariam em dificuldades ao redor do mundo, clamando por uma liderança que seja capaz de “sentir a dor do dono”, sentimento mais que natural nas pequenas e médias empresas”, avalia.

Sem o que chama de protagonismo consciente, se anulam as possíveis contribuições das automações, sistemas e dashboards sofisticados. “Ferramentas não operam milagres por conta própria. Quando o dono não assume o leme, a farmácia vira um barco com motor – sem rumo, por mais robusta que ela possa ser”, acrescenta.
É claro que o papel do dono muda com o tempo. À medida que a farmácia cresce e a equipe se expande, os desafios ganham outro nível de exigência e o líder precisa amadurecer. “Ele deixa de estar apenas no balcão e na rotina operacional e passa a se expressar na visão, missão e valores. Por mais que o número de farmácias em dificuldades seja realmente significativo, a saída é solitária e depende da decisão individual de cada proprietário”, finaliza.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/mais-do-que-dono-de-farmacia-seja-lider-com-5-sentimentos/

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