Houve influência médica, seja por receita direta ou pela orientação prévia do profissional de saúde para a aquisição dos produtos
As farmácias seguem como principal canal de compra de dermocosméticos no Brasil, respondendo por 44,1% das aquisições, segundo a pesquisa “Influência Médica, influenciadores Digitais e Influência do Balconista na Compra de Dermocosméticos”, realizada pelo Close-Up International, com 200 consumidores, e divulgada em setembro desse ano.
Nas farmácias, 66% das compras de dermocosméticos foram motivadas por influência médica, seja por receita direta ou pela orientação prévia do profissional de saúde.
Esse dado reforça a importância da integração entre prescritores e o canal farmacêutico, que muitas vezes funciona como o elo final entre recomendação e aquisição.
Farmácia é o ponto de compra mais relevante
Além da relevância do receituário, a farmácia se consolida como o principal local de compra. Enquanto apenas 20,5% recorrem a lojas especializadas e 28,5% às plataformas virtuais, quase metade dos consumidores prefere adquirir dermocosméticos diretamente no balcão.
As principais categorias incluem anti-idade (72%), antiacne (67%) e protetores solares (29%), com destaque para marcas como La Roche-Posay, Natura, Nivea e Avon.
Papel dos influenciadores digitais
A pesquisa aponta que 27% dos consumidores foram impactados por influenciadores digitais na decisão de compra, número ainda distante da recomendação médica (48%), mas em crescimento.
O Instagram (30%) e o TikTok (28%) lideram como principais canais de influência digital, revelando uma tendência de aproximação entre marketing farmacêutico e redes sociais.
A influência silenciosa do balconista
Um ponto sensível para gestores de farmácia é o impacto do atendimento no balcão. O estudo mostra que:
- 50% dos atendentes ofereceram outra opção de produto quando o item solicitado não estava disponível;
- 60% falaram sobre os benefícios do produto diante da percepção de preço elevado;
- e em muitos casos, o balconista atuou como consultor, levando o cliente até a gôndola de dermocosméticos para apresentar opções de marcas.
Esse papel consultivo pode ser decisivo: quando não há receita, a influência do balconista cresce significativamente, especialmente ao recomendar substituições ou oferecer descontos.
O que isso significa para farmacêuticos e gestores
A pesquisa sinaliza que a farmácia não é apenas ponto de venda, mas um espaço de aconselhamento e fidelização. Para gestores, investir em treinamento de equipe e em estratégias de exposição de gôndola pode aumentar a conversão.
Já para farmacêuticos, há espaço para assumir um papel mais ativo na recomendação, fortalecendo a confiança do consumidor em relação a dermocosméticos.
Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/prescricao-move-66-das-vendas-de-dermocosmeticos-no-farma/