A palavra do mercado farmacêutico para 2023 é…

Tendências que nortearão o mercado na voz dos principais executivos do setor

Identificar as tendências que nortearão o mercado farmacêutico neste ano nunca é um exercício fácil. Mas lá vamos nós… Nossa redação desafiou empresários, executivos e líderes de opinião a resumir, em uma única palavra, o que projetar para o setor em 2023. 

E o resultado você confere abaixo.

Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail

Otimização. “O varejo farma experimentou uma rápida aceleração digital no ciclo de pandemia, mas em ambiente de pressão. Agora, a transformação terá que ir além do investimento em novos canais e se estender ao desenho organizacional e ao melhor uso dos dados. O setor precisará encontrar o equilíbrio entre aceleração e sustentabilidade operacional”.

Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar)

 

Digitalização. “Essa palavra vai muito além do consumidor. Ela assume importância em vários âmbitos, tanto para automatizar os processos internos como para aprimorar a jornada de atendimento e captar o que pensa o cliente. O público já é digitalizado em variados níveis. Cabe a nós ter a capacidade de se adaptar aos seus anseios e necessidades”.

 

Flavio Correia, diretor de Relações Institucionais e com Investidores da RaiaDrogasil

Cliente. “Assim como qualquer grande empresa, só existimos por causa dos clientes. Todas as respostas que buscamos e todas as estratégias desenvolvidas na RD – como a Nova Farmácia, o marketplace e a plataforma de saúde – vêm das necessidades indicadas por eles”.

Geraldo Monteiro, diretor executivo da Rede Integração Farma

Superação. “Vivemos um 2022 de barreiras por conta da ruptura de medicamentos. Mas acredito em um 2023 mais favorável, estimulado pelo incentivo ao Farmácia Popular e a outros programas de saúde pública. O atacado, em particular, precisará enxergar novos canais de distribuição e intensificar a aposta em tecnologia para abraçar as oportunidades”.

Ivan Coimbra, diretor executivo da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan)

Execução. “Os desafios de competitividade, de margem e os riscos das escolhas serão vencidos a partir da assertividade das empresas na execução da operação”.

Jair Beloube, administrador do Grupo Total

Resiliência. “Por maiores que sejam os contratempos, por mais agressiva que seja a concorrência, temos que manter força e resistência para aguentar as pancadas. Sempre poderemos retomar o ciclo de evolução se mantivermos a capacidade de execução e o comprometimento”.

Jonas Laurindvicius, CEO do Grupo DPSP

Cuidado. “A farmácia é, hoje, muito mais do que um local para a venda de medicamentos. A pandemia nos fez ficar ainda mais atentos aos anseios dos clientes, e com isso conseguimos atender de forma ágil e acertada as necessidades de saúde da população. Investimos em projetos de expansão e digitalização dos serviços, estabelecendo nossas lojas como pontos de saúde e bem-estar. Seja na loja física, no aplicativo, no e-commerce ou nas vendas por telefone, queremos estar cada vez mais presentes na vida das pessoas com um atendimento humanizado, cada vez mais importante nesse setor”.

Julio Mottin Neto, CEO do Grupo Panvel

Consistência. “O foco é seguir com nosso movimento de expansão, ampliando a força da operação e agregando cada vez mais valor à jornada física e digital dos clientes”.

Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma)

Desafios. “A indústria farmacêutica vive um ciclo de expansão, mas a pressão sobre os custos aumenta na mesma medida. Fabricamos em toneladas para vender em miligramas. Mas acredito em múltiplas oportunidades para o setor, por meio de movimentações relevantes nos portfólios e segmentos como os genéricos”.

Nilson Ribeiro, presidente executivo da Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (Abrafad)

Confiança. “O poder de compra do consumidor tende a crescer neste ano, a partir do aumento real do salário mínimo, da queda no nível de desemprego e do incentivo a programas sociais como o Bolsa-Família. Riscos existem, como o reajuste de impostos estaduais, a falta de medicamentos e a desvalorização cambial. Mas podemos e devemos confiar em um futuro promissor”.

Paulo Henrique Ribeiro, CEO da Soma Drogarias

Desafio. “O pós-pandemia traz consigo a volta de tendências como a expansão das grandes redes, a migração do consumo para os grandes centros e a guerra de preços. Ter menores custo e faturamento baixo inviabiliza o negócio. Manter alto custo com faturamento médio é alto risco. Mais do que nunca, ter suporte para uma boa gestão, acesso às informações de mercado e estratégias assertivas serão necessárias para a farmácia crescer”

Paulo Maia, presidente executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Medicamentos Especializados, Excepcionais e Hospitalares (ABRADIMEX)

Evolução. “Esperamos que o mercado de especialidades continue em ascensão, com as distribuidoras comprovando sua competência e crescente relevância para a cadeia de medicamentos”.

Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil

Estratégia. “Os laboratórios farmacêuticos nacionais devem mirar cada vez mais os investimentos em pesquisa como meio para crescer de forma sustentável. Ao mesmo tempo, precisamos estar unidos em prol da modernização das regulações sanitárias e de temas como a propriedade intelectual”.

Sergio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)

Protagonismo. “A pandemia ajudou a confirmar a importância do varejo farmacêutico como canal de atenção primária à população. Cabe às empresas assimilar a sua relevância e investir em uma farmácia ainda mais amigável aos brasileiros, com disciplina para reduzir fricções, ampliar a presença digital e integrar processos com outros atores do setor. A Abrafarma continuará atuando como protagonista nas pautas de interesse do consumidor e da saúde do nosso País”.

Thiago Meirelles, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos)

Acesso. “Os últimos anos foram de busca. Busca por saúde, vacinas, medicamentos, busca por sair de uma pandemia e voltar a ter vida normal. Agora, 2023 será o ano do acesso a uma saúde de excelência, a oportunidades de cura, a conquistas e à qualidade de vida. E os genéricos e biossimilares terão papel fundamental nesse contexto”.

Vilson Schvartzman, VP de distribuição e operações da Viveo

Inovação. “O mercado de saúde está cada vez mais exigente e não aceita mais o modelo tradicional da distribuição. A inovação será mandatória para agregar valor ao serviço oferecido, possibilitando à cadeia maior eficiência operacional e gestão de custos. Cabe a nós estarmos lado a lado com a indústria e os clientes para trazer a sustentabilidade estrutural de que o setor necessita”.

Walter da Silva Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF)

Valorização. “Estamos empenhados em garantir uma remuneração mais digna para todos os farmacêuticos brasileiros. Essa luta teve início quando visitamos todos os gabinetes da Câmara dos Deputados por apoio ao PL 1559/2021, para garantir a valorização profissional que merecemos”.

Fonte:https://panoramafarmaceutico.com.br/palavra-para-2023-mercado-farmaceutico/

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