O ano registrou 245.129 contratações e 203.908 profissionais demitidos. O contingente de novos empregos foi 32% maior que o do ano anterior
O setor volta a ganhar destaque no mercado de trabalho. O volume de empregos em farmácias registrou superávit recorde em 2022, com saldo de 41.221 novas vagas. Os dados são baseados em uma radiografia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O ano registrou 245.129 contratações e 203.908 profissionais demitidos. O contingente de novos empregos no varejo farmacêutico foi 32% maior que o do ano anterior – 31.320. A lista de cinco estados que apresentaram o maior superávit contempla São Paulo (8.440), Minas Gerais (4.807), Rio Grande do Sul (3.371), Rio de Janeiro (3.068) e Paraná (2.566).
Se considerados os indicadores por região, o Sudeste concentrou 42% dos novos postos de trabalho, o que corresponde a um saldo de 17.123. Nordeste e Sul também se destacaram, respectivamente com 9,6 mil e 8,1 mil aberturas de emprego.
Serviços clínicos ajudam a estimular empregos em farmácias
O advento dos serviços clínicos, incluindo a aplicação de mais de 20 milhões de testes rápidos de Covid-19, contribuiu para impulsionar o saldo positivo de empregos nas farmácias. Os farmacêuticos respondem por cerca de 20% do superávit, o que credenciou a profissão como a segunda maior em novos registros em carteira pelo terceiro ano consecutivo – atrás apenas dos enfermeiros.
O cenário acelerou a contratação de profissionais com maior nível de especialidade – com os farmacêuticos na linha de frente. “E com esse grupo empenhado no atendimento aos pacientes, a contratação de equipes de apoio também se tornou necessária”, acrescenta a gerente nacional da Infojobs, Ana Paula Prado, cujo banco de vagas relacionadas ao canal farma está disponível aos assinantes por meio de parceria com o Panorama Farmacêutico.
Mais extratos sobre o estudo
Dos 41.221 novos empregos em farmácias, 33.989 partiram de micro e pequenas empresas. O índice atesta a resiliência das chamadas farmácias independentes, que gerenciam 68% do total de pontos de venda do setor. Já as médias e grandes redes tiveram 7.230 recrutamentos a mais em comparação às demissões.
As mulheres responderam por 67,23% do superávit, contra 32,77% dos homens. Trabalhadores brancos e pardos concentraram o número majoritário de novas contratações – 83% no total. Os profissionais pretos apareceram com somente 5%. E os que se declararam amarelos ou indígenas corresponderam a menos de 1%.
O ensino médio completo é o nível máximo de escolaridade de 65% dos novos funcionários, seguido pelo superior completo (23%).
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/empregos-em-farmacias-superavit-record/