Farmácias usam lojas para se relacionar com cliente digital

Com a pandemia, redes de drogarias tiveram que acelerar seus investimentos em tecnologia. “Essa foi uma das categorias que mais lentamente entraram na transformação digital ao longo dos anos e, hoje, é uma das que mais crescem”, diz Renata Carvalho, da Câmara Brasileira da Economia Digital.

A atuação da Drogasil na internet foi a mais lembrada pelos brasileiros, com 7% das menções —índice que dobra entre os mais ricos (mais de dez salários mínimos).

“É um reconhecimento importante em um mercado que, há três anos, ninguém imaginava no online”, diz Vitor Bertoncini, diretor de marketing da Raia Drogasil. O grupo também é dono da Droga Raia, que aparece na pesquisa Datafolha citada por 5% dos entrevistados, ao lado da Pague Menos.

A digitalização da Raia Drogasil começou em 2018. Antes da pandemia, menos de 1% da receita do grupo vinha de vendas online. Hoje, elas representam 10% do faturamento.

“Muita gente tem uma drogaria perto de casa. Para que a empresa seja de fato relevante no digital, ela precisa contar com um nível de serviço que compense para o consumidor comprar online em vez de simplesmente atravessar a rua”, diz Bertoncini.

Segundo ele, 91% dos pedidos da marca são atendidos por farmácias, o que garante mais velocidade na entrega. “A maioria das encomendas não sai de um centro de distribuição, mas de perto da casa do cliente. Com isso, conseguimos entregar 89% delas em menos de quatro horas.”

Nos últimos dois anos, a empresa também apostou em outros negócios no mundo virtual: lançou a Vitat, plataforma com programas de saúde, e um marketplace dentro das plataformas das duas redes.

“A gente vê muito potencial no crescimento dos canais digitais. Muitos clientes nunca compraram online, então temos um grande caminho pela frente”, diz o executivo.

Folha de São Paulo

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