Veja as importantes etapas da cadeia produtiva, desde a movimentação de insumos até a entrega
Nos últimos meses tem se falado muito a respeito da falta de medicamentos para o tratamento de diversas enfermidades. E em um cenário não tão distante, faltou máscara, álcool em gel, termômetro, respirador, luva, avental, insumo para a vacina, seringa etc. Todos acompanharam, de perto ou de longe, picos de exportação, preço em alta no mercado nacional e desabastecimento no mercado interno.
De acordo com o diretor de mercado farmacêutico e representante do Brasil no Imbrics Fórum, Jackson Campos, o fator pandemia impactou diretamente no processo logístico de toda a cadeia produtiva, uma vez que todos os setores foram impactados, mas o que muitos não imaginam é que para que o medicamento chegue às prateleiras e aos hospitais, existem dezenas de etapas que vão além do processo de logística e desembaraço.
“As etapas são complexas, exigem conhecimento, dedicação e principalmente grande capacidade analítica. E é exatamente estes um dos principais gargalos deste setor”, alerta.
Apesar da indústria farmacêutica brasileira estar entre as dez maiores do mundo, 90% da matéria-prima é importada, o que deixa o País à mercê de insumos estrangeiros e de profissionais que dominem a logística internacional de produtos fármacos e basta um simples equívoco em qualquer uma das etapas para afetar diretamente toda a cadeia de suprimentos e diversos setores da economia.
“Para iniciar um processo de importação, independentemente do modal, é preciso ter soluções completas que vão desde a definição da embalagem, pré-condicionamento, troca de gelo ou material refrigerante, monitoramento em tempo real, courier internacional. Ou seja, o transporte internacional para a área da saúde é rigoroso e precisa atender as rígidas regras mundiais de fabricação, armazenagem, transporte e distribuição. Compreender cada uma destas etapas é o que garante o abastecimento mundial de remédios, medicamentos e vacinas”, resume, então, Campos.