NRF 2024 apresenta tendências para o varejo farmacêutico

De acordo com especialista da Linx, inteligência artificial é o “novo básico”

A National Retail Federation (NRF) está sempre ditando tendências. Considerada a maior feira de varejo do mundo, ocorre anualmente nos Estados Unidos e, neste ano, foi realizada entre os dias 14 e 16 de janeiro, com a participação de 40 mil pessoas, 6,2 mil marcas, 450 palestrantes e mil expositores.

Para o diretor executivo no segmento de Farma na Linx, empresa do grupo StoneCo. e especialista em tecnologia para o varejo, Luís Fischpan, as tendências que devem impactar o varejo de modo geral — e que demandam da atenção do segmento farmacêutico — vão desde inteligência artificial (IA) e comportamento das gerações consumidoras, passando pela jornada do cliente até chegar aos meios de pagamentos. O especialista, que esteve entre os participantes do evento, destacou os cinco principais tópicos abordados e que merecem atenção em 2024:

Inteligência Artificial
Não há dúvida de que o futuro passa pela IA generativa, com aplicações que vão desde a geração de conteúdos até a personalização de campanhas. Um relatório da PWC sugere que a IA contribuirá com cerca de US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030. Embora ainda existam desafios, tanto para operacionalizar os modelos quanto estar em conformidade com a privacidade de dados, fica evidente que a IA tem se mostrado como o “novo básico” no varejo, transitando por toda a cadeia do negócio: do ponto de venda à fidelização de clientes.

Conexões intergeracionais
Por conta do avanço da tecnologia nos últimos anos, estima-se que os hábitos de cada geração mude a cada dez anos, ou seja, mais padrões de consumo surgem em um curto espaço de tempo. Compreender o perfil de cada geração é essencial ao varejista, porque cada geração, por meio de seus comportamentos, pode fazer a diferença no negócio. A geração Z, por exemplo, é composta por nativos digitais que podem colaborar e criar junto ao público de uma marca nas redes sociais.

Retail media
Retail media é uma estratégia comercial em que os varejistas usam seus próprios canais de comunicação, tanto on quanto offline, para divulgar anúncios e conteúdos patrocinados aos consumidores. Essa é uma ação determinante para o aumento da capilaridade de novas receitas. Um estudo da empresa Boston Consulting Group (BCG) aponta que o retail media terá crescimento de 25% ao ano até 2026. No Brasil, por exemplo, a Raia Drogasil criou uma plataforma de mídia própria chamada RD Ads e conta com anunciantes de grandes marcas, como Pfizer, Johnson & Johnson, Nestlé, Colgate, entre outras.

Jornada unificada
Atualmente, a jornada de compra não é mais linear, pois o cliente começa e termina sua experiência com a marca em canais (on ou offline) totalmente diferentes. Nesse contexto, surge o conceito de Unified Commerce, que torna a experiência de compra mais fluída e sem atritos, independentemente do canal escolhido pelo consumidor. De acordo com o relatório da Grand View Research, esse mercado deve movimentar US $46,4 bilhões até 2028, impulsionado pelo aumento do comércio eletrônico e pela busca por soluções que ofereçam uma experiência integrada e completa.

Serviços financeiros
Nos últimos anos, o mercado vem enfrentando uma série de inovações em pagamentos. Uma dessas novas perspectivas é a de promover a integração de serviços financeiros em aplicativos, plataformas ou softwares da empresa. Essa é a ideia do Finanças Incorporadas (Embedded Finance), que permite aos varejistas adicionar ao seu portfólio: contas digitais, seguros, crédito e soluções de pagamento – sendo o Embedded Payments focado nessa última opção. Isso possibilita mais controle e autonomia para o negócio, além de variar suas fontes de receita, estabelecendo taxas para a implementação e uso de suas soluções de pagamento.

Já os pagamentos account-to-account (A2A) são outra tendência em que os fundos vão diretamente da conta bancária dos pagadores para a conta bancária do destinatário, sem intermediários. As vantagens são: pagamento A2A é mais “em conta”, segurança garantida por meio de autenticação multifator e maior conforto para os clientes. É de se esperar que o rápido crescimento continue ao mesmo tempo em que tenha uma maior adesão mundial de soluções de pagamento digital instantâneo para o varejo e uso corporativo.

Quando o assunto é automação de pagamentos e ganho de eficiência, existe um movimento das empresas de priorizar, ainda mais, operações de pagamentos internamente. Segundo dados da LexisNexis Risk Solutions, houve um impacto no crescimento de sistemas de gestão de tesouraria corporativa, que são capazes de gerir a liquidez e oferecer um hub centralizado para todas as atividades de pagamentos. Por isso, mais de 75% dos CEOs planejam investir na automação de processos e sistemas, enquanto 62% dos profissionais de pagamentos citam o aumento da eficiência como a principal prioridade na automação de pagamentos e nos pagamentos eletrônicos. A justificativa disso é a busca pelo controle e aprimoramento da experiência do cliente.

Fonte: departamento de marketing da Linx

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