Disseminar a importância dos insumos farmoquímicos é um caminho para melhorar os debates relacionados sobre essa indústria e diminuir a dependência do País em relação à importação de IFAs
Pesquisa encomendada pela Nortec Química, maior fabricante de IFAs da América Latina, e aplicada em mil pessoas pela IQVIA , empresa multinacional especializada no comportamento do consumidor da saúde, mostrou que 81,6% dos entrevistados gostariam de saber a origem dos insumos farmacêutico ativos (IFAs) utilizados em suas medicações, enquanto 74,9% desconhecem o que são esses insumos.
A pesquisa demonstrou que, mesmo com grande parcela do público não sabendo o que são IFAs há uma curiosidade em conhecer mais, principalmente quando se trata da fabricação nacional. “Embora este tenha sido um tema em evidência na pandemia, a pesquisa aponta para certa desinformação do público em um assunto extremamente relevante. Disseminar a importância dos insumos farmoquímicos é um caminho para melhorar os debates relacionados sobre essa indústria e diminuir a dependência do País em relação à importação de IFAs”, explica Marcelo Mansur, CEO da Nortec Química.
Tal dependência, de acordo com dados deste setor, está relacionada à desproporção da produção brasileira, já que apenas 5% dos IFAs utilizados no Brasil são nacionais, enquanto 95% vêm de outros países, como China e Índia.
Outros dados da pesquisa IQVIA
Na pesquisa, mais de 65% dos entrevistados não sabem que o Brasil tem uma dependência tão desproporcional na fabricação de IFAs e 79,8% dos participantes se sentem mais seguros sabendo que alguns medicamentos vêm de insumos nacional.
Sobre a informação da confiança, Mansur reforça o alto grau de segurança da indústria farmacêutica brasileira. “Mesmo com grande parte dos IFAs utilizados no Brasil venham do exterior, a fabricação dos medicamentos é feita aqui. A indústria farmoquímica e farmacêutica abrangem diversas etapas que resultam no medicamento presente nas prateleiras das farmácias. São produtos confiáveis, testados e regulamentados. Nosso ponto é ampliar o acesso à medicação, garantir o abastecimento do IFA, gerar empregos no Brasil, fomentar a reindustrialização e ampliar o acesso dos avanços tecnológicos aos nossos cientistas”, completa.
Dentro do setor de farmoquímica, os IFAs são para a fabricação de medicamentos o que o trigo é para a indústria alimentícia. Trata-se de um produto base, uma matéria-prima estratégica sem a qual os fármacos não poderiam ser fabricados.
Melhorias à vista
Em 2023, diversas movimentações têm sido feitas para a melhoria no setor farmoquímico, principalmente pelo Governo Federal. A meta atual é investir fortemente na criação do parque industrial da saúde, fortalecendo a densidade da tecnologia nacional, gerando empregos e promovendo a reindustrialização do país. A meta inicial divulgada é que até 2033, a indústria nacional seja capaz de suprir 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: https://snifbrasil.com.br/noticias.php?id=12110