Os indicadores são uma resposta da população brasileira, que adaptou seu perfil de consumo a partir de variáveis como a inflação e a queda na renda
Os medicamentos estão muito caros nas farmácias. O consumidor entende que os genéricos representam uma forma de acesso a medicamentos mais em conta, pois são menos caros que os medicamentos de marca. Entre o “bicho pegar ou comer”, o consumidor prefere o que dói menos no bolso. Dessa forma, o varejo farmacêutico registrou, até abril, crescimento do segmento de medicamentos genéricos.
Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a venda desse gênero é a que mais avança nas farmácias, com movimento próximo a R$ 4 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano.
Entre janeiro e abril, a receita com a comercialização de genéricos totalizou R$ 3,88 bilhões, o que representou incremento de 15,8% frente ao mesmo período do ano passado. O percentual supera a evolução geral das vendas, que chegou a 14,9%.
O resultado segue a tendência registrada nos anos anteriores. Em 2023, por exemplo, os genéricos superaram pela primeira vez as cifras de R$ 10 bilhões e tiveram alta de 15,6% sobre 2022.
“Os indicadores são uma resposta da população brasileira, que adaptou seu perfil de consumo a partir de variáveis como a inflação e a queda na renda. E as grandes redes de farmácias, pela capilaridade, maior capacidade de gerenciamento de estoque e negociação com a indústria, conseguiram absorver essa tendência, consolidando-se como polos de saúde e atenção primária”, argumenta Sergio Mena Barreto, CEO da entidade.
Fonte: https://monitormercantil.com.br/vendas-de-medicamentos-genericos-aumentam-158-nas-farmacias/