Dos 32 remédios do gênero já registrados pela Anvisa, 21 receberam aprovação. Além disso, outros cinco já estão na fila
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) representará o Brasil em fórum continental de medicamentos biossimilares. De 9 a 11 de novembro de 2022, representantes das principais agências reguladoras do mundo e mais de 100 líderes da indústria farmacêutica estarão reunidos no Biosimilars LatAm – Mexico 2022.
O evento ocorrerá no Haven Riviera Cancun e contará com a participação de três agências regulatórias. O gerente geral da agência reguladora brasileira, Fabricio Carneiro de Oliveira falará sobre o futuro dos medicamentos biossimilares no País.
Dos 32 remédios do gênero já registrados pela Anvisa, 21 receberam aprovação entre 2018 e 2019. Além disso, outros cinco já estão na fila. A Agência, inclusive, instituiu a RDC 205 para criar uma fila de prioridade na análise desses medicamentos – especialmente os que atuam no combate a doenças raras. Mas quando o assunto é a incorporação do biossimilar, a frequência é outra.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza apenas cinco biossimilares, voltados para tratamentos oncológicos e doenças reumáticas. E somente dois são produzidos inteiramente no Brasil – o ritumixabe, da Sandoz para casos de artrite reumatoide e linfoma não-Hodgkin; e a somatropina, do Laboratório Cristália, usado no combate ao hipopotuitarismo, uma espécie de deficiência do hormônio do crescimento.
Desafios da indústria de medicamentos biossimilares
O foco da edição deste ano é a abordagem colaborativa, que visa, prioritariamente, harmonizar os marcos legais aplicáveis aos medicamentos biossimilares. Outro objetivo é fortalecer todos os processos de prescrição e acesso desses tratamentos para ajudar os pacientes da região.
Na maioria dos países, os governos estão promovendo a introdução de biossimilares, em parte devido às restrições que enfrentam para pagar por produtos biológicos inovadores de alto custo. Mas o advento desse mercado está associado ao controle dos gastos com saúde vinculados ao aumento da prevalência de doenças como câncer, diabetes e outras condições crônicas.
Nos próximos anos, se vislumbra um mercado dinâmico com muitos participantes se movendo entre países com diferentes estruturas regulatórias e composições do sistema de saúde, todos tentando sobreviver a profundas reduções de preços e, ao mesmo tempo, aumentando o acesso aos medicamentos. No final, os pacientes serão beneficiados por essa dinâmica de mercado com a introdução de opções terapêuticas que podem ajudar a superar as disparidades de acesso que nossa região possui atualmente.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/anvisa-medicamentos-biossimilares/