O projeto consiste em uma série de eventos que percorrerá todos os estados brasileiros, com a ideia de fornecer conteúdos práticos e gratuitos para o pequeno e médio varejo
Um movimento inédito quer disseminar a geração de informações relevantes para aprimorar a gestão de farmácias independentes. O Expansão Farma Brasil é resultado de um esforço conjunto de empresários do setor, com apoio da consultoria Farmacon e do Panorama Farmacêutico.
“O projeto consiste em uma série de eventos que percorrerá todos os estados brasileiros, com a ideia de fornecer conteúdos práticos e gratuitos para o pequeno e médio varejo. Dessa maneira, vamos estimular a multiplicação de conhecimentos para empreendedores do segmento”, avalia o diretor da Farmacon, Marcus Cordeiro.
Cada evento terá como enfoque um tema sensível ao setor e que gera impacto imediato nas operações do ponto de venda (PDV). A primeira sessão acontecerá em duas etapas nos dias 25 e 26 de abril, às 18h00, respectivamente nas cidades maranhenses de São Luís e Imperatriz. O debate vai girar em torno da importância da redução de impostos para farmácias.
“Nosso objetivo é mobilizar no mínimo 200 empresários em cada palestra, estimulando a audiência por meio de autoridades no assunto e players do canal farma”, complementa Cordeiro.
As inscrições podem ser feitas neste link:
https://fc.farmacontabilidade.com.br/expansaofarma
Pontos de melhoria na gestão de farmácias independentes
A iniciativa busca lapidar a gestão de farmácias independentes e sanar algumas das dores do setor. E uma recente pesquisa do Close-Up International indica caminhos possíveis para os PDVs.
Levantamento da consultoria, envolvendo seis mil farmácias durante seis anos, apontou o sortimento como maior responsável pelo crescimento do setor – com um coeficiente de correlação de 82%.
“A correlação vendas-sortimento para os não medicamentos é de 84,3%. É a categoria de maior ganho de relevância tanto em unidades quanto em valores, a alavanca de crescimento da loja”, declarou o vice-presidente do Close-Up International, Paulo Paiva, durante painel no Abradilan Conexão Farma.
As top 10 classes terapêuticas para os não medicamentos somam R$ 14,8 bilhões em vendas e 39,2% de representatividade. Fraldas infantis; formulações pediátricas; e emolientes e protetores são as três campeãs em vendas na categoria. E entre as principais marcas para o segmento, Pampers, Huggies e Ninho fases compõem o top 3.
Impactos do sortimento na gestão de farmácias independentes
De acordo com o estudo, a amplitude do sortimento é um fator decisivo na performance de vendas e gestão de farmácias independentes. O sortimento médio das dez maiores redes de farmácias do País gira em torno de 10.700 itens, enquanto que nas independentes fica em torno de 3.200. E a venda média por loja entre as top 10 é de R$ 826,3 milhões contra R$ 65,3 milhões registrados pelas independentes.
“Mas se a farmácia independente buscar ampliar seu mix de produtos chegando no mesmo número de SKUs de uma associativista (5.603), ela consegue aumentar em 134% o faturamento da loja”, ressalta Paiva.
O estudo aponta que 11 mil SKUs é um bom número a se perseguir por loja, sendo 3,7 mil SKUs de MPX; 1,2 mil SKUs de MIPs e seis mil SKUs de não medicamentos.
“Melhorar a gestão de estoque e disponibilidade do produto na gôndola é fundamental para aumentar o faturamento das farmácias independentes. São lojas que disponibilizam muitas ofertas de um mesmo produto, criando uma barreira que acaba ficando intransponível. A limitação do mix afeta diretamente no potencial de crescimento e a distribuição tem que ser capaz de oferecer sortimento compatível com esse desafio”, finaliza.
Inovação digital é outro entrave para o setor
Por mais que o tema digitalização seja recorrente no grande varejo farmacêutico, essa realidade ainda está muito distante de uma categoria de farmácias, como comprovam os resultados da pesquisa Nível de Digitalização das Farmácias Independentes do Brasil, realizada pelo Instituto de Pesquisa Axxus, startup do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. Por outro lado, isso também abre oportunidades para as revendas de TI.
A pesquisa, com 95% de nível de confiança e 4% de margem erro, foi realizada de forma presencial com 420 proprietários de farmácias independentes, em todo o País, sendo que foram consideradas como farmácias independentes aquelas que não integram nenhum tipo de agrupamento, como franquias, licenciamentos de marca, associações e redes corporativas.
Fonte:https://panoramafarmaceutico.com.br/gestao-de-farmacias-independentes/